segunda-feira, 1 de junho de 2009

monólogo

E o que é a vida. O que somos nós, senão animais organizados hierarquicamente em sociedades, buscando o próprio prazer e satisfação pessoal, seja pelo bem, ou pelo mal, tudo dentro dos próprios padrões históricos construídos por nós mesmos, ou, melhor dizendo, por nossos ancestrais.
O que te leva, verdadeiramente, a reunir forças para acordar hoje e ir trabalhar? Dinheiro, satisfação, noção de comprometimento com o todo, prazer, balela. Tudo construído com base em valores sociais, pautados através dos tempos. Religiões? Arquitetadas de acordo com interesses de governantes e poderosos, que mais buscavam o prazer do que qualquer outra coisa. E Deus? Seria a resposta para tudo? Seria ele o destino? Aquela força que imputa pensamentos, derruba árvores, impulsiona mentes, tira forças, reúne indivíduos, separa corpos? Seria ele bom, ou mal? Não, bom e mal são conceitos inventados. Não existe bem ou mal, Deus e Diabo, seja no cristianismo, seja no hinduísmo, islamismo ou qualquer outra. Conceitos criados para amedrontar, para controlar.
Destino, seria a chave? Como um texto cheio de lacunas, a ser preenchido por nós. Imaginemos então que nossos textos estão escritos, e apenas precisando ser preenchidos ao longo de nossas vidas. Seriam as religiões criação deste ser denominado Deus? Meios para assegurar a sobrevivência dos homens, seja pelo medo, seja pela fé?
E se nada disso há? Se somos animais evoluídos? Que possuem suas conceituações evoluídas a partir de conceitos primitivos, existentes em qualquer raça animal. Como primatas que passavam a cultuar um líder, ou uma pedra, esculpida por um evento da natureza ao acaso, cuja forma passaram os primatas a considerar divina? Se evoluímos daí, e milhares e milhares de anos apenas serviram para aprimorar e esculpir a sociedade atual?
Nunca saberemos.

Nenhum comentário: