quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sabedoria

"O sábio cala, quem não sabe é quem mais fala", já diz o Ponto de Equilíbrio, banda do Rio de Janeiro. Eis uma virtude dos sábios: saber a hora de calar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Thievery Corporation - Radio Retaliation (2008)


É meio difícil eu escrever sobre música aqui, mas esse merece. Um artista que gosta muito é o Thievery Corporation, composto por um duo de produtores dos Estados Unidos, Rob Garza e Eric Hilton, e lançaram um cd recentemente, agora em 2008, chamado Radio Retaliation e que produzem um estilo chamado trip hop, que de estilo mesmo só tem o nome, dada a diversificação dentro deste.
Pois bem, escutei o álbum novo e me surpreendi, já que conhecia um dos trabalhos deles, o The Richest Man in Babylon, de 2002. Acontece que esse cd novo vem arrebentando. É como se vários estilos musicais do mundo inteiro fossem jogados dentro de uma panela, temperando com batidas trip hop, aquilo bem lounge, e deixando cozinhar bem!
Enfim, nem preciso dizer que o resultado ficou demais. Por mais que critiquem o Thievery por não inovar, o que mais falo é pra ouvir o álbum, sem maiores frescuras. Até o Seu Jorge tem uma música em parceria, daquelas bem ao estilo dele, por sinal. Dentre os estilos, podem ser lembrados música latina, jazz, samba, hip hop, reggae, dub, bossa nova e com certeza outros que influenciaram a dupla.
Por fim, ouvi poucos álbuns de início assim, e os que ouvi acabaram se tornando um dos meus favoritos. Esse tá no caminho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

crítica

Sabe, em alguns pontos me considero satisfeito por possuir determinada opinião. Feliz por ter uma noção que me permita entender a causa e o efeito de tal fator e a razão para desgostar deste. Pessoas, comportamentos, atitudes, opiniões, pensamentos, tudo. Se você começar a entender a causa e o efeito destes, poderá então criticá-los livremente e sem medo de ser surpreendido por um "sabe-tudo". Não é uma discussão legal, óbviamente, até porque não existem fórmulas nem normas que regulamentem o modo de vida da sociedade em geral que pré-determine certos comportamentos.
Assim, me sinto livre pra criticar quem eu quiser, sem medo de ninguém ou que falem de mim.
Esse fim-de-semana dei uam "saidinha", como nunca mais havia feito, e dei de encontro com alguns tipos conhecidos aqui na cidade. "Tipinhos" comuns em cidades de grande-porte, mas que ainda não chega a ser uma metrópole, se equiparada a muitas outras. É verdade que eu possuo uma certa dificuldade pra compreender a linha de pensamento desses tipos específicos, até em um aspecto social, quanto ao seu modo de vida, seu modo de pensar, de agir, de se vestir etc.
A meu ver, são pessoas que ainda não atingiram a magnitude do ser, estando ainda entranhadas pela máscara social estipulada pelos meios de comunicação massificada do século XXI. Alíás, algo muito comum em todo o globo terrestre, conquanto muitos ainda vivem atrasados.
O homem é muito mais que aparências, pensamentos, vestimentas e sentimentos desprezíveis, tais como inveja, mesquinharia, orgulho e arrogãncia.
É de conhecimento notório que todos vivem atualmente segundo o modelo imposto pelos meios de comunicação massificada, como sempre foi e que, estas mesmas pessoas, atualmente, que se dizem globalizadas e alheias a tudo isso, são, na verdade, "tipinhos" impostos e gerados segundo alguns modelos do mundo globalizado.
Esse negócio de comportamento social é muito relativo. Não acho que haja um certo ou errado. Só acho que alguns devam se colocar em seu devido lugar, e se colocar em um papel útil perante a sociedade, parando com banalizações de valores morais e éticos e novas configurações mundiais inúteis.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

frio

O que você esperaria?
De uma pessoa movida por seu próprio código de honra? Uma pessoa que não agiria movida por emoções, mas por sentimentos altamente calculados? Uma pessoa que não possui o senso de compaixão aflorado, tendo sentimentos fraternos apenas para com quem deseja. Ela também não possui ídolos, e, se possuir um, é a sí mesma. Esta pessoa não elogia o próximo, a não ser para realizar um jogo de interesses. Sabe sempre como se portar, pois sabe que cada movimento é crucial, como em um jogo de xadrez. Essa pessoa adapta sua personalidade a qualquer um, para que possa relacionar-se da melhor forma possível, e assim angariar um aliado. Também pensa muito bem antes de realizar qualquer jogada, pois sabe que isto pode determinar sua sorte. Evita vinganças, mas sabe que, se preciso, ela deve ser comida fria. Essa pessoa sabe que a vida é um jogo, ou uma guerra, ou mesmo um tabuleiro de "WAR", onde um simples rolar de dados determina uma vitória. Sabe que estando bem estrategicamente, as chances de vitória são grandes. Sabe que hoje perde, mas amanhã ganha.
Eu esperaria muito, ou nada.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

destrinçando

Não sei ao certo o que meu convívio com certos tipos me proporcionou. Acho que o fator mais marcante que adquiri na construção da minha visão de mundo ao longo dos anos foi a intolerância com que há de ser intolerado. Pessoas ignorantes, mal-educadas, egocêntricas, hipócritas (argh! A pior espécie), demagógicas, mesquinhas, pseudo-intelectuais, e, acima de tudo, aqueles que andam com um nariz um pouco acima do ângulo de quarenta e cinco graus.
Não é só por eu achar que a humildade é o mais precioso bem de um ser humano, juntamente com seu caráter. Talvez você deva me achar um hipócrita, de certa forma metido e ainda assim escrevendo sobre esse tipo de coisa.
Pois bem, gosto de observar as características de cada pessoa, como se isso acabasse por marcá-la no meu íntimo como a estereotipização desta. Assim, acabo por criar tipos pré-determinados com características específicas de comportamento. Juntamente com isso, associo a pessoa à esta personalidade e crio o meu grau de aceitabilidade com relação à este indivíduo.
Assim funciona meu filtro com relação à terceiros na minha vida. Cheguei a um ponto em que não me importo se você pensa bem ou mal de mim. Apenas quero que veja a verdade. Àqueles que vêem a verdade acabam por ter a verdadeira noção do que eu falo, sem precisar recorrer a profundos entendimentos acerca disso.
Resumindo: é tudo uma questão de bom senso, ou também do senso natural de cada um.
Nesse momento você pode estar me achando um egocêntrico, arrogante, intolerante, mal-educado e até pseudo-intelectual. Mas quer saber, não dou a mínima. Se você está lendo é talvez porque, de alguma maneira, se interessou pelo meu texto. Se conseguir ver a verdade e entender, muito bem, nem digo mais nada, você está no caminho. Se não viu, o problema é seu. Feche o blog e não me visite mais.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

sobrevivência

Olhou copiosamente o animal. Julgou a misericordia que emanava da sua distraída leveza. Suava muito, cada gota escorria de sua testa, e caía lentamente, como que denunciando sua incerteza e nervosismo. Apesar disso, jorrava coragem, como todos os dias em que realizava sua missão. Então, o momento tornou-se claro: era agora. Armou a espingarda, travou a munição e começou a mirar, lentamente. O leão corria, à muitos metros de distância, expondo a dificuldade que era este tipo de caça. Ele então mirou, e por um momento pensou que não conseguiria. Mas ele sabia, que, como todas as vezes que pensou que não iria conseguir, acabava mesmo conseguindo, por mais difícil que fosse. E atirou, com o barulho da bala ecoando na savana, num milésimo de segundo, atravessando a cabeça do animal antes mesmo do som ensurdecedor alcançar seus tímpanos e avisá-lo do perigo.
O brasileiro então, suspirou aliviado, limpou o suor da testa, e voltou para casa, quando dormiu tranquilo, já pensando no leão que teria de matar no dia seguinte, para garantir sua sobrevivência.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

despejo

ando o dia chegar, quando o sol não mais voltar, olhar-te-ei nos olhos e clamarei meu rancor. Despejarei minha fúria, rasgarei minha compaixão, dominar-me-ei pela raiva, quando fluirá minha natureza. Usarei minhas forças, derrubar-te-ei com fúria, olharei em teus olhos, então cravar-te-ei a espada. realizar-se-à assim a libertação, os céus relampejarão, a terra tremerá e todo o ódio se esvairá.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

vida

Ele tinha dois caminhos.
Em um caminho, perdoava, e seguia sua vida como se nada nunca houvesse acontecido. Estudava, trabalhava, constituia sua família, seria feliz. Depois de muito tempo, percebia que não havia fundamento em tudo que havia construído. Seu patrimônio, sua família, tudo lindo, tudo maravilhoso, mas para quê? Logo, não sabia se era feliz, pois sua vida não passava da mesmice, aliás, nunca passou, foram anos e anos na mesma coisa, sem novas descobertas, experimentando os clichês da vida.
No outro caminho, ele se desvirtuava, pelo menos externamente. Corria atrás de seus inimigos, exprimia sua revolta, vingava seus precedentes, fazia valer tudo que fizeram a ele. Conhecia lugares, pessoas, sentimentos. Sentia a chama da vingança arder e apagar toda a vez que cumpria suas metas. Não tinha família, nunca quis constituir. Sua vida era a luta pela sobrevivência.
Então, eu pergunto, à nós mesmos, reles mortais. Qual vale mais?