quarta-feira, 5 de novembro de 2008

vida

Ele tinha dois caminhos.
Em um caminho, perdoava, e seguia sua vida como se nada nunca houvesse acontecido. Estudava, trabalhava, constituia sua família, seria feliz. Depois de muito tempo, percebia que não havia fundamento em tudo que havia construído. Seu patrimônio, sua família, tudo lindo, tudo maravilhoso, mas para quê? Logo, não sabia se era feliz, pois sua vida não passava da mesmice, aliás, nunca passou, foram anos e anos na mesma coisa, sem novas descobertas, experimentando os clichês da vida.
No outro caminho, ele se desvirtuava, pelo menos externamente. Corria atrás de seus inimigos, exprimia sua revolta, vingava seus precedentes, fazia valer tudo que fizeram a ele. Conhecia lugares, pessoas, sentimentos. Sentia a chama da vingança arder e apagar toda a vez que cumpria suas metas. Não tinha família, nunca quis constituir. Sua vida era a luta pela sobrevivência.
Então, eu pergunto, à nós mesmos, reles mortais. Qual vale mais?

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