terça-feira, 30 de dezembro de 2008

volúpia

A volúpia de tuas curvas
me entranham e me fazem homem
reverberando meu primitivo instinto
e liberando meu mais perverso desejo

aclamando tua face inocente
desfazendo resquícios de garota
construindo uma ponte entre o ser
e te fazendo mais mulher do que já és.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

o país da esculhambação

As vezes fico me perguntando porquê tudo vira esculhambação no Brasil. Já pensei, neurei, filosofei e até coloquei nesse blog, mas pra mim ainda é algo revoltante essa falta de educação e esse eterno carnaval. Ainda mais se falando no âmbito de Pará, quando vem atrelado o "eixo do mal" Norte-Nordeste (apesar de que no Centro-Oeste e Sudeste isso também acontece).
É justamente nessa cultura subdesenvolvida que repousa o subdesenvolvimento destas regiões. Começa naquele espertalhão que passa tua frente na fila do banco, rindo com a maior cara-de-pau e termina no político que desvia verbas para a saúde pública para construir sua casa de praia em algum balnário litorâneo. E o que é pior, a maioria das pessoas acha bonito isso. Acha bonito se dar um jeito pra tudo, Acha bonito dar uma de esperto, até como já coloquei aqui, que desde cedo há um "culto ao espertalhão".
Então, me vem a aterrorizante porém conclusiva idéia de que não há mudança, não há jeito, não há solução. Essa cultura não vai acabar tão cedo. Vão passar anos, décadas e digo, séculos, e essa cultura provavelmente vai continuar. Solução? Repovoamento do país ou mesmo uma lavagem cerebral de leve nas pessoas.
Claro exemplo são as terríveis enchentes em Santa Cataria. Aposto minhas fichas que o povo da região vai se unir e a região vai se reestruturar em pouco tempo, como aconteceu na década de 80, quando houve evento semlhante na região.
E se fosse em Belém? Aí Deus, seria complicado. Uns só iam pensar em si, a região ia estagnar, a reestruturação ia ser lenta, sem contar inúmeras outras previsões.
Enquanto isso eu prefiro continuar alimentando meus sonhos de morar em outro lugar com uma vida estruturada do que sonhar com mudanças aqui, porquê essas, meu caro amigo, com certeza demorarão. E eu que quero estar vivo pra ver, e poder crer.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sabedoria

"O sábio cala, quem não sabe é quem mais fala", já diz o Ponto de Equilíbrio, banda do Rio de Janeiro. Eis uma virtude dos sábios: saber a hora de calar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Thievery Corporation - Radio Retaliation (2008)


É meio difícil eu escrever sobre música aqui, mas esse merece. Um artista que gosta muito é o Thievery Corporation, composto por um duo de produtores dos Estados Unidos, Rob Garza e Eric Hilton, e lançaram um cd recentemente, agora em 2008, chamado Radio Retaliation e que produzem um estilo chamado trip hop, que de estilo mesmo só tem o nome, dada a diversificação dentro deste.
Pois bem, escutei o álbum novo e me surpreendi, já que conhecia um dos trabalhos deles, o The Richest Man in Babylon, de 2002. Acontece que esse cd novo vem arrebentando. É como se vários estilos musicais do mundo inteiro fossem jogados dentro de uma panela, temperando com batidas trip hop, aquilo bem lounge, e deixando cozinhar bem!
Enfim, nem preciso dizer que o resultado ficou demais. Por mais que critiquem o Thievery por não inovar, o que mais falo é pra ouvir o álbum, sem maiores frescuras. Até o Seu Jorge tem uma música em parceria, daquelas bem ao estilo dele, por sinal. Dentre os estilos, podem ser lembrados música latina, jazz, samba, hip hop, reggae, dub, bossa nova e com certeza outros que influenciaram a dupla.
Por fim, ouvi poucos álbuns de início assim, e os que ouvi acabaram se tornando um dos meus favoritos. Esse tá no caminho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

crítica

Sabe, em alguns pontos me considero satisfeito por possuir determinada opinião. Feliz por ter uma noção que me permita entender a causa e o efeito de tal fator e a razão para desgostar deste. Pessoas, comportamentos, atitudes, opiniões, pensamentos, tudo. Se você começar a entender a causa e o efeito destes, poderá então criticá-los livremente e sem medo de ser surpreendido por um "sabe-tudo". Não é uma discussão legal, óbviamente, até porque não existem fórmulas nem normas que regulamentem o modo de vida da sociedade em geral que pré-determine certos comportamentos.
Assim, me sinto livre pra criticar quem eu quiser, sem medo de ninguém ou que falem de mim.
Esse fim-de-semana dei uam "saidinha", como nunca mais havia feito, e dei de encontro com alguns tipos conhecidos aqui na cidade. "Tipinhos" comuns em cidades de grande-porte, mas que ainda não chega a ser uma metrópole, se equiparada a muitas outras. É verdade que eu possuo uma certa dificuldade pra compreender a linha de pensamento desses tipos específicos, até em um aspecto social, quanto ao seu modo de vida, seu modo de pensar, de agir, de se vestir etc.
A meu ver, são pessoas que ainda não atingiram a magnitude do ser, estando ainda entranhadas pela máscara social estipulada pelos meios de comunicação massificada do século XXI. Alíás, algo muito comum em todo o globo terrestre, conquanto muitos ainda vivem atrasados.
O homem é muito mais que aparências, pensamentos, vestimentas e sentimentos desprezíveis, tais como inveja, mesquinharia, orgulho e arrogãncia.
É de conhecimento notório que todos vivem atualmente segundo o modelo imposto pelos meios de comunicação massificada, como sempre foi e que, estas mesmas pessoas, atualmente, que se dizem globalizadas e alheias a tudo isso, são, na verdade, "tipinhos" impostos e gerados segundo alguns modelos do mundo globalizado.
Esse negócio de comportamento social é muito relativo. Não acho que haja um certo ou errado. Só acho que alguns devam se colocar em seu devido lugar, e se colocar em um papel útil perante a sociedade, parando com banalizações de valores morais e éticos e novas configurações mundiais inúteis.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

frio

O que você esperaria?
De uma pessoa movida por seu próprio código de honra? Uma pessoa que não agiria movida por emoções, mas por sentimentos altamente calculados? Uma pessoa que não possui o senso de compaixão aflorado, tendo sentimentos fraternos apenas para com quem deseja. Ela também não possui ídolos, e, se possuir um, é a sí mesma. Esta pessoa não elogia o próximo, a não ser para realizar um jogo de interesses. Sabe sempre como se portar, pois sabe que cada movimento é crucial, como em um jogo de xadrez. Essa pessoa adapta sua personalidade a qualquer um, para que possa relacionar-se da melhor forma possível, e assim angariar um aliado. Também pensa muito bem antes de realizar qualquer jogada, pois sabe que isto pode determinar sua sorte. Evita vinganças, mas sabe que, se preciso, ela deve ser comida fria. Essa pessoa sabe que a vida é um jogo, ou uma guerra, ou mesmo um tabuleiro de "WAR", onde um simples rolar de dados determina uma vitória. Sabe que estando bem estrategicamente, as chances de vitória são grandes. Sabe que hoje perde, mas amanhã ganha.
Eu esperaria muito, ou nada.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

destrinçando

Não sei ao certo o que meu convívio com certos tipos me proporcionou. Acho que o fator mais marcante que adquiri na construção da minha visão de mundo ao longo dos anos foi a intolerância com que há de ser intolerado. Pessoas ignorantes, mal-educadas, egocêntricas, hipócritas (argh! A pior espécie), demagógicas, mesquinhas, pseudo-intelectuais, e, acima de tudo, aqueles que andam com um nariz um pouco acima do ângulo de quarenta e cinco graus.
Não é só por eu achar que a humildade é o mais precioso bem de um ser humano, juntamente com seu caráter. Talvez você deva me achar um hipócrita, de certa forma metido e ainda assim escrevendo sobre esse tipo de coisa.
Pois bem, gosto de observar as características de cada pessoa, como se isso acabasse por marcá-la no meu íntimo como a estereotipização desta. Assim, acabo por criar tipos pré-determinados com características específicas de comportamento. Juntamente com isso, associo a pessoa à esta personalidade e crio o meu grau de aceitabilidade com relação à este indivíduo.
Assim funciona meu filtro com relação à terceiros na minha vida. Cheguei a um ponto em que não me importo se você pensa bem ou mal de mim. Apenas quero que veja a verdade. Àqueles que vêem a verdade acabam por ter a verdadeira noção do que eu falo, sem precisar recorrer a profundos entendimentos acerca disso.
Resumindo: é tudo uma questão de bom senso, ou também do senso natural de cada um.
Nesse momento você pode estar me achando um egocêntrico, arrogante, intolerante, mal-educado e até pseudo-intelectual. Mas quer saber, não dou a mínima. Se você está lendo é talvez porque, de alguma maneira, se interessou pelo meu texto. Se conseguir ver a verdade e entender, muito bem, nem digo mais nada, você está no caminho. Se não viu, o problema é seu. Feche o blog e não me visite mais.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

sobrevivência

Olhou copiosamente o animal. Julgou a misericordia que emanava da sua distraída leveza. Suava muito, cada gota escorria de sua testa, e caía lentamente, como que denunciando sua incerteza e nervosismo. Apesar disso, jorrava coragem, como todos os dias em que realizava sua missão. Então, o momento tornou-se claro: era agora. Armou a espingarda, travou a munição e começou a mirar, lentamente. O leão corria, à muitos metros de distância, expondo a dificuldade que era este tipo de caça. Ele então mirou, e por um momento pensou que não conseguiria. Mas ele sabia, que, como todas as vezes que pensou que não iria conseguir, acabava mesmo conseguindo, por mais difícil que fosse. E atirou, com o barulho da bala ecoando na savana, num milésimo de segundo, atravessando a cabeça do animal antes mesmo do som ensurdecedor alcançar seus tímpanos e avisá-lo do perigo.
O brasileiro então, suspirou aliviado, limpou o suor da testa, e voltou para casa, quando dormiu tranquilo, já pensando no leão que teria de matar no dia seguinte, para garantir sua sobrevivência.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

despejo

ando o dia chegar, quando o sol não mais voltar, olhar-te-ei nos olhos e clamarei meu rancor. Despejarei minha fúria, rasgarei minha compaixão, dominar-me-ei pela raiva, quando fluirá minha natureza. Usarei minhas forças, derrubar-te-ei com fúria, olharei em teus olhos, então cravar-te-ei a espada. realizar-se-à assim a libertação, os céus relampejarão, a terra tremerá e todo o ódio se esvairá.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

vida

Ele tinha dois caminhos.
Em um caminho, perdoava, e seguia sua vida como se nada nunca houvesse acontecido. Estudava, trabalhava, constituia sua família, seria feliz. Depois de muito tempo, percebia que não havia fundamento em tudo que havia construído. Seu patrimônio, sua família, tudo lindo, tudo maravilhoso, mas para quê? Logo, não sabia se era feliz, pois sua vida não passava da mesmice, aliás, nunca passou, foram anos e anos na mesma coisa, sem novas descobertas, experimentando os clichês da vida.
No outro caminho, ele se desvirtuava, pelo menos externamente. Corria atrás de seus inimigos, exprimia sua revolta, vingava seus precedentes, fazia valer tudo que fizeram a ele. Conhecia lugares, pessoas, sentimentos. Sentia a chama da vingança arder e apagar toda a vez que cumpria suas metas. Não tinha família, nunca quis constituir. Sua vida era a luta pela sobrevivência.
Então, eu pergunto, à nós mesmos, reles mortais. Qual vale mais?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Represália

A vingança é o sentimento mais humano que existe. Está presente em toda a nossa vida, à todo momento. Tanto nos momentos mais singelos, como na hora em que alguém lhe trata com má educação, quanto nos mais cruéis e significativos, quando alguém ameaça alguém que tu amas. Todos, absolutamente, sem exceções, estão sujeitos ao estigma da vingança. Talvez pessoas espiritualmente superiores já estejam mais desprendidas desse mal, mas com certeza a grande maioria ainda padece com o sentimento mesquinho. Mas o que leva o ser humano a infringir algo mesmo em alguém que ama? Pela mais pura bobagem? Na verdade, é a preservação, tanto de si mesmo, quanto do sentimento em jogo (amor, dignidade, honra etc).
Se você infringe alguém que ama, é porquê está numa tentativa desesperada de causar dano até certo ponto que você espera que a pessoa perceba que aquele ato realizado pela pessoa que sofre a vingança, que a antecedeu, não é algo válido de se acontecer. O mesmo vale na vingança pela honra. A pessoa que age impulsionada pela emoção de algo ruim que lhe aconteça ou à sua família ou por quem tem grande consideração, age pela sua preservação, pela tentativa de fazer com que o próximo perceba que àquela atitude tomada não é algo válido, aceito pelo "código de honra" que cada particular possui. Essas divagações nos fazem crer que somos apenas animais evoluídos, movidos por sentimentos primitivos que acabam mascarados no mundo moderno atual.

O próprio Código Penal brasileiro considera uma atenuante de diversos crimes a pessoa "que age impelida por forte emoção após injusta provocação". ou seja, aquele que age por vingança, depois de provocação à qual foi submetida e que pelo seu juízo de valores mundanos não é aprovado por seu discernimento.

Cheguemos então à conclusão que o mais mesquinho e primitivo dos sentimentos remete apenas à outro sentimento primitivo, à nossa natureza fraterna e preservativa da espécie ou, no caso do mundo moderno, de nossos entes queridos, por quem temos grande afeto e consideração. Em outras palavras, daqueles que amamos.

Dedicado à Carime Miranda Abdon, com muito amor.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Aspectos

É muito engraçada aquela máxima pregada no Brasil e apimentada pelas esquerdas tropicais de que a culpa da existência de ampla desigualdade no país é sempre das elite (sic). Pois bem, faz tudo parte de uma mentalidade cultural coletiva que é resumida em uma frase: trabalhar é feio.

Neste país, quem estuda e trabalha, e assim consegue um lugar a ostentar na carreira profissional, é sempre malvisto e colocado como culpado de existir desigualdade. Isso provém muito também do ponto de vista implantado nas mentes da massa brasileira de que a culpa de existir desigualdade pobre/rico e branco/negro é de "quem tem dinheiro".

Culpam até a "elite branca", talvez uma referência chula e mal colocada a "W.A.S.P.", a elite branca dos Estados Unidos, que é a sigla para "White Anglo-Saxon and Protestant". Nos EUA, há um problema de discriminação racial imenso, o que talvez justifique essa sigla inventada pelos brancos da elite norte-americana do século XX, e que tinha por objetivo a discriminação até da imigração irlandesa e italiana, além dos negros, nos EUA.

Como tudo vira sacanagem no país da sacanagem, esse termo foi "furtado" por algum revolucionário espertalhão para designar de forma chocante e pesada as "elites dominadoras do país". Essas elites brancas nada mais são do que descendentes da imigração européia que ocorreu no Brasil nos séculos XIX e XX. Portugueses, espanhóis, italianos e alemães, principalmente, foram os que chegaram ao país, com o objetivo de buscar uma melhor condição de vida.

O espertalhão aí citado, não se lembrou que todos os imigrantes vieram com o objetivo de colonizar o país, trazidos pelo governo brasileiro para este fim. Depois, todos eram parte de uma classe esquecida em seu país de origem. Muitos eram ignorantes e com pouca instrução, mas todos sabiam um ofício e tinham uma mentalidade diferente da apregoada nas terras brasilianas. Todos vieram com o único intuito de trabalhar, trabalhar, e trabalhar mais, bem diferente do brasileiro médio, já estabelecido por aqui.

Dessa maneira, os mulatos, negros, mamelucos, e brancos brasileiros, que aqui já estavam, acabaram por ficar em segundo plano, em um âmbito geral, enquanto que os imigrantes prosperavam, criando o panorama atual das "elites brancas" brasileiras.

Em outros países mais desenvolvidos, a produção acadêmica e tecnológica é fomentada com incentivos que começam desde a escola, com premiações e gratificações para os alunos mais esforçados. No nosso quase desenvolvido estado brasilis, quem estuda mais na escola é visto como "CDF", um apelido pejorativo que visa uma espécie de segregação social escolar, segregando os alunos mais esforçados dos demais, como se estes não fossem dignos de possuir vida socialmente ativa no ambiente escolar. Digo isso, pois vi, nos anos 90, enquanto estudante de ensino fundamental, como se passa este processo.

Dessa maneira, o indivíduo cresce com a mentalidade de que, para ser bom visto, tem que se esperto. Ou seja, pra tudo se dá um jeitinho, aquele mesmo pregado como característica sócio-cultural brasileira e "cool" por excelência. Aí que reside talvez o pior mal do brasileiro: é bom quem é esperto.

Neste país, quem é inteligente, estudioso ou bem sucedido, é mal visto. É factível colocar isso como parte de uma gigantesca mentalidade coletiva que abrange um histórico que remete aos tempos da Colonização e que tem efeitos e raízes nos mais diversos e inimagináveis fatores que contribuíram para a criação do estado brasileiro.

No Brasil, não se premia esforços, não se incentiva produção acadêmica nem a pesquisa de campo, não há incentivo a produção tecnológica, não é válido estudar, não é bonito ser bem sucedido. Dá pra colocar até como o "país dos excêntricos".

O Brasil talvez seja também um dos únicos países do mundo onde é bonito ser pobre. Onde um presidente da república, líder do poder executivo, tem orgulho em dizer que não tem estudo. Onde pobre tem orgulho de ser pobre e não lutar para mudar isso.

E quer saber, eu sou brasileiro e já desisti.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Amor

És como a rosa que eu cheiro
como o chocolate que eu degusto
como o cigarro que fumo
como o álcool em minhas veias

és como o alimento que me sacia
como aroma que me encanta
como a beleza que me hipnotiza
como as paisagens que aprecio

és a ebriedade que me incendeia
és o fogo que arde em mim
és a parte que me completa
és como o amor que sinto por ti.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sobre cigarros, macacos e converses.

A moda agora é o Hype. Moda não, o Hype agora é o Hype, porquê moda é termo antigo de fora-de-moda, ops, fora-de-hype. Agora em vez de imitar a tua bandinha favorita, que usa calças skinny e converses brancos sujos, tu fazes o hype. Tu inventas a moda. Tu defines conceitos. Ou melhor, tua bandinha favorita de calças skinny e converses brancos sujos define, o Hype, claro. Peraí, então quem dita o Hype são as bandas, como antes, e não você. É, isso mesmo, porquê o hype é um modismo? Não, o Hype é um Hype, só quem é Hype o é. Arctic Monkeys foi hype, isso mesmo, FOI. F-O-I. Não é mais. È desatualizado. É midiático. Faz sucesso, porquê hype é cult, e cult ninguém conhece. Caiu fora dos conceitos, zarpou, sacou? Tá, e o novo Hype, qual é? Ahhh, já sei, é a Amy, é, a Winehouse, aquela drogada maluca maltrapilha magrela com tatuagens que aparece por aí fumando crack. Ela dita a moda, ela é Hype. Todas as girls of London querem ser igual, com roupas toscas e simples e ar de puta. É, ar de puta mesmo. Então, assim dá pra concluir mais ou menos o que é um Hype. Mais ou menos porquê se todo mundo soubesse ia deixar de ser cult. Um novo conceito besta inventado por bestas que querem ser Hype, além de descoladinhos de calças skinny e converses brancos cults que fumam cigarros enquanto assistem filmes da Nouvelle Vague e fazem caras idiotas.
Reflitam.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ode ao desabafo

Não, eu não sou. Eu não faço parte dos seus conceitos modísticos oito ou oitenta. Não me classifico dentro de uma pré-determinação formada. Não faço parte da massa que insiste em se auto-estereotipar. Não formo minha opinião de acordo com a opinião geral. Não me coloco como uma árvore plantada em um jardim planejado. Não sou aquilo que você quer que eu seja. Talvez o problema seja você. Porque eu, sou apenas eu mesmo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


Título Original: Paris, Je T'Aime
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano de Lançamento (França / Alemanha / Liechstenstein / Suíça): 2006
Site Oficial: www.parisjetaime-lefilm.com

Paris Je'taime é uma coleção de curtas feitos por diversos diretores conhecidos mundialmente, lançado em 2006. Participam do filme diretores conhecidos como Alfonso Cuarón, Gus Van Saint e até Walter Salles, filmando o amor presente cotidiano de Paris de pessoas de diversos segmentos sociais, classes e etnias. Alguns atores também conhecidos também participam, como Willen Dafoe, Nick Nolte, Elijah Wood e Natalie Portman. É legal também pela visão "cotidiana" mostrada em cada curta, como histórias paralelas que se desenrolam diariamente na capital francesa, sempre destacando o lado inspirador e fraterno da própria cidade e de seus habitantes.
Alguns curtas se destacam com mais brio, outros não impressionam, mas o que vale é a mensagem de que o amor está presente em todos os cantos de Paris.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Filme



Scoop - O Grande Furo (Woody Allen)

Título Original: Scoop
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra): 2006

Elenco
Hugh Jackman (Peter Lyman)
Scarlett Johansson (Sondra Pransky)
Woody Allen (Sidney "Splendini" Waterman)
Ian McShane (Joe Strombel)
Fenella Woolgar (Jane Cook)
Romola Garai (Vivian)


Não vi muitos filmes de Woody Allen, mas confesso que logo de cara percebi a qualidade do diretor. Scoop não é mais um deste filmes de comédia que não valem nem o dinheiro pago na locação. Aliás, só a atuação de Woody Allen como o mágico Splendini já vale. Ele está fantástico, colocando em primeiro plano um personagem que normalmente ficaria à sombra da atriz principal, Scarlet Johansson. Esta, como a jornalista Sondra Pransky, junto com Hugh Jackman, que interpreta o aristocrata Peter Lyman, fazem um par e promovem uma boa atuação em busca do assassino do tarô em Londres.
Scoop é daqueles filmes que não caem na mesmice, com belos cenários na Inglaterra, boa fotografia e um orçamento relativamente baixo, de US$ 4 milhões de dólares. Um filme inteligente que vai direto ao ponto em que é proposto, sem enrolação e com boas atuações. Fica a dica pra assistir.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Música


Céu - Céu

Céu é uma cantora jovem da Mpb e considerada uma promissora revelação pela imprensa brasileira e norte-americana, das quais vem recebendo elogios. Céu mora nos Estados Unidos e já engatou algumas turnês bem sucedidas desde a estréia de seu albúm, em 2005. Gravou lá mesmo o albúm, chamado "Céu", que é uma Mpb e Bossa Nova com música eletrônica e vários elementos musicais como reggae, afrobeat, dub e samba. Vale dizer que as quatro primeiras músicas do albúm já valem bastante, já servindo pra ter uma boa impressão do que vem ser o disco. Algo também que vale a pena é a criatividade de algumas músicas, que não se prendem a nenhum estilo, sendo bem originais, com batuques, sons eletrônicos, batidas eletrônicas e uma voz doce e agradável.
Assim, fica a dica pra ouvir Céu no last fm aqui.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Livro


Transpiauí: Uma Peregrinação Proctológica

Neste livro, o autor do site Cocadaboa.com, que atua sob o pseudônimo de Mr. Manson tem um súbito desejo e resolve empreender uma peregrinação ao Piauí com a finalidade de conhecer, como ele mesmo define, os anais do Brasil. Assim, toma um ônibus e viaja até Brasília para ir posteriormente ao Piauí. Nem é preciso dizer que este livro gerou inúmeros protestos por conta do povo piauiense. mas a verdade é que ele trata tudo de forma escrachada e exagerada, tornando-se cativante e cômico, ainda mais se as piadas não forem levadas a sério. Mr. Manson brinca com os estereótipos do povo nordestino e as péssimas condições em que o Nordeste brasileiro está inserido, colocando as situações passadas no percurso e fazendo humor com pequenos detalhes que passam despercebidos na maiora das pessoas.
Agora, o livro foi liberado para ser lido integralmente na internet aqui.