quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Grande Irmão

E vai começar o novo Big Brother, no caso, a nona edição do programa. E eu estou animadíssimo pra ver. É como um circo dos horrores com pessoas de verdade. Pessoas reunidas realizando as maiores estapafúrdias imagináveis em busca de um prêmio de um milhão de reais e fama. E não, não vou compactuar com a massa cultura inútil brasileira e maldizer o programa, enquanto que mal sabem por que lado anda a arte, cinema, música e cultura de um modo geral, apesar de existirem exceções.

Nada mais bem bolado. Atores reais, vivendo suas vidas reais por míseros um milhão, dinheiro que se resume talvez a um cachê de uma novela das oito, por exemplo. Mais bem bolado ainda é a satisfação com que cada um entra na casa. Eu mesmo pensei em me inscrever pra uma edição do programa, mas desisti quando percebi os atributos físicos dos concorrentes, descobrindo que eu ainda precisaria comer muito chibé de farinha pra chegar lá (leia-se academia).

O programa diverte? Com toda certeza, meu elementar. Tiro por mim, que não suporto nenhum tipo de programa de televisão, seja ela aberta ou fechada, cultural ou não, inútil ou educativa. Impressionantemente, me cativo demais com o Big Brother. Não sei explicar. Talvez ansioso por ver no que dá óbvios estereótipos brasilianos de diferentes regiões convivendo entre si. Surgem heróis, vilões, mocinhas, bandidos, claro, tudo com uma pitada da Globo, utilizando-se da fantástica ferramenta de edição e charges toscas do http://www.charges.com.br.

Este ano, pra coisa ficar melhor ainda, vai ter uma paraense concorrendo pelo prêmio. Agora que todo mundo, gostando ou não, vai saber do programa. Mesmo aqueles que dizem não gostar, mas que estranhamente falam mal de um ou outro participante. Aí vai ter campanha, chororôs, lan houses contratadas pra votar, manchetes de jornal e toda a pavulagem que tiver mais.

E eu, vou ficar de leve, curtindo meu Big Brother depois de Caminho das Índias, que vai estrear, enquanto que a grande massa se come viva, numa infindável e porque não inútil luta pela sobrevivência cultural no severo mundo globalizado de imposições dadas à escolha.

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