domingo, 3 de maio de 2009

despertar

E então ele viu-se no mundo dos loucos. Aquele um onde não há limites, nem mesmo regras. Foi quando ele compreendeu o tortuoso caminho pelo qual a humanidade se inclinava, e o quão distantes da verdadeira sanidade eles estavam. Sentia e compreendia o mundo da maneira que se encontrava. E entendia também as razões que o levaram a isso. Cada vez que inspirava, sua consciência o tornava mais são, quando se olhava de fora e percebia o quão louco estava. Cada devaneio que fazia entendia os problemas, as dificuldades, e se perguntava: porque? E se perguntava quem responderia, se havia alguém ao menos capaz. Sua consciência aumentava e via as guerras, a fome, o individualismo, colidindo com os princípios básicos da existência: o amor.
E então ele acordou, e viu-se de volta ao mundo são, aliviado. O que o assustou foi por um momento pensar que agora estaria verdadeiramente no mundo dos loucos, onde não há limites, nem regras, reais. Mas logo esqueceu e dedicou-se ao seu despertar habitual de toda manhã.

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